Gestão societária é uma peça-chave para o sucesso de qualquer negócio, mas também é onde muitos empresários acabam tropeçando.
Na empolgação de tirar uma ideia do papel, muitos empreendedores deixam de lado a importância de organizar bem a sociedade.
Porém, esse deslize pode gerar problemas sérios, como desentendimentos entre os sócios, dificuldades financeiras e até a dissolução da empresa antes do esperado.
Neste artigo, vamos explorar os principais tipos de estrutura societária, os erros mais comuns na formação de sociedades e como você pode proteger seu negócio dessas ciladas.
1. Quais são os tipos de estrutura societária?
Quando você decide empreender, a primeira grande decisão é escolher a estrutura societária certa para o seu negócio. E olha, essa escolha pode fazer toda a diferença no sucesso ou ser uma baita dor de cabeça.
Mas não se preocupe, vou te ajudar a entender os principais tipos de estrutura societária de um jeito simples e direto. Vamos nessa?
- Sociedade Limitada (LTDA)
A LTDA é a queridinha dos empresários no Brasil, e não é à toa! Com ela, o capital é dividido em cotas, e a responsabilidade dos sócios é limitada ao valor das suas cotas.
Traduzindo: se a empresa tiver problemas, os seus bens pessoais estão protegidos. É a combinação perfeita de segurança e flexibilidade, ideal para quem quer dividir as responsabilidades sem se complicar.
- Sociedade Anônima (SA)
Essa é a escolha dos gigantes! A SA permite que o capital seja dividido em ações, e os acionistas só respondem pelo valor das suas ações.
Quer crescer rápido e atrair investidores? Então a SA pode ser o caminho. Mas fique esperto, porque a gestão aqui é bem mais formal e cheia de regras.
- Sociedade Simples
Esse tipo é mais voltado para profissionais que querem trabalhar juntos, como médicos, advogados e contadores.
É uma estrutura mais tranquila, onde você decide se quer limitar a responsabilidade ou não.
Se o seu foco é no trabalho e não na burocracia, a Sociedade Simples pode ser uma ótima opção.
- Empresário Individual
Aqui, você é o chefe, mas também o único responsável.
Quer tocar o negócio sozinho? Beleza, mas saiba que se algo der errado, seus bens pessoais podem estar em jogo.
É uma escolha para quem gosta de assumir o controle total, mas também os riscos.
- Sociedade em Comandita Simples
Essa é para quem quer juntar sócios com diferentes níveis de responsabilidade.
Tem os comanditários, que têm responsabilidade limitada, e os comanditados, que respondem com tudo o que têm.
É uma opção menos comum, mas que pode funcionar bem em negócios familiares.
- Sociedade em Nome Coletivo
Aqui, é tudo ou nada! Todos os sócios respondem de forma ilimitada pelas dívidas da empresa.
Essa estrutura exige uma confiança gigantesca entre os sócios, porque o risco é compartilhado de maneira igual. É para quem tem coragem e confia 100% nos seus parceiros.
E aí, qual dessas opções parece se encaixar melhor no seu sonho de negócio?
Cada uma tem suas vantagens e desafios, então vale a pena pensar bem e, se possível, bater um papo com um especialista para escolher a que mais combina com os seus objetivos. O sucesso do seu negócio começa com essa escolha!
Qual é a melhor estrutura societária para o meu negócio?
Escolher a estrutura societária perfeita para o seu negócio é uma decisão que pode fazer toda a diferença no sucesso da sua empresa. Mas não se preocupe, não é nenhum bicho de sete cabeças!
A escolha depende de vários fatores que vamos explorar de forma bem direta e prática. Então, bora entender melhor como você pode definir isso!
1. Responsabilidade dos sócios
Primeiro ponto importante: até onde você e seus sócios estão dispostos a ir com a responsabilidade pelos débitos da empresa?
Se você quer proteger seus bens pessoais, a Sociedade Limitada (LTDA) é uma ótima pedida, porque, nesse caso, sua responsabilidade é limitada ao valor das cotas que possui.
Em outras palavras, se a empresa tiver problemas financeiros, seu patrimônio pessoal fica fora dessa.
Mas, se você escolher uma Sociedade em Nome Coletivo, aí a coisa muda de figura – todos os sócios respondem de forma ilimitada e conjunta pelas dívidas, ou seja, os bens pessoais podem estar em risco.
2. Número de sócios e relação entre eles
A quantidade de sócios e o tipo de relação que vocês têm também influenciam bastante.
Se a turma é pequena e há confiança entre todos, uma Sociedade Limitada, que é mais simples e direta, pode ser a melhor escolha.
Mas, se tem muita gente envolvida ou se alguns sócios preferem ficar na deles, a Sociedade Anônima pode ser mais adequada, já que separa bem quem manda e quem só investe.
3. Complexidade administrativa
Cada tipo de sociedade tem diferentes níveis de complexidade administrativa.
A Sociedade Anônima, por exemplo, exige uma governança corporativa mais rigorosa, com a necessidade de realizar assembleias, auditorias e publicar demonstrações financeiras.
Já a Sociedade Limitada oferece maior simplicidade na administração, com menos formalidades legais, o que pode ser vantajoso para empresas menores ou em fase inicial que preferem concentrar seus esforços no crescimento do negócio.
4. Objetivos de longo prazo e tipo de atividade
O que você quer para o futuro do seu negócio? Empresas que pretendem captar recursos no mercado financeiro, crescer rapidamente ou operar em setores regulados podem se beneficiar de estruturas como a Sociedade Anônima.
Por outro lado, se você é um profissional autônomo, como advogado ou contador, e quer abrir um escritório com colegas, uma Sociedade Simples pode ser a melhor escolha, pois ela foi feita sob medida para esse tipo de negócio.
5. Necessidade de capital
Se o negócio exige um grande volume de capital e pretende captar recursos externos, a Sociedade Anônima é a melhor, porque permite vender ações e captar recursos.
Agora, se a ideia é manter tudo em casa, com um grupo pequeno de sócios, a Sociedade Limitada pode ser mais que suficiente.
6. Aspectos tributários
Pagamos impostos, mas ninguém quer pagar mais do que o necessário, certo? Algumas estruturas oferecem vantagens quando o assunto é imposto.
Por exemplo, pequenas empresas podem se dar bem com o Simples Nacional, que tem uma carga tributária menor.
Estruturas como EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) ou Sociedade Limitada podem ser boas opções para aproveitar esses benefícios.
7. Flexibilidade para alterações futuras
A vida muda, e seu negócio também pode precisar de ajustes no futuro.
Algumas estruturas, como a Sociedade Limitada, são mais fáceis de modificar ao longo do tempo – perfeito para quem está crescendo e precisa de flexibilidade.
Outras, como a Sociedade Anônima, são mais rígidas, o que pode ser um problema se você precisar fazer mudanças rápidas.
Resumindo, a escolha da estrutura societária depende do que você e seus sócios precisam e querem para o negócio.
Antes de decidir, pense no que é mais importante para você: responsabilidade, número de sócios, simplicidade, futuro da empresa, capital, impostos e flexibilidade.
Quais são os maiores erros dos empresários na formação da sociedade?
Montar uma sociedade é empolgante, mas também é um campo minado de erros que podem ser fatais para o sucesso do negócio. Vamos te mostrar os principais vacilos que os empresários cometem na hora de formar uma sociedade.
- Contrato social malfeito ou confuso: O contrato social é a Bíblia da sua empresa. Se ele for mal feito, pode apostar que os problemas vão surgir. Ele precisa ser claro sobre as regras do jogo: quem faz o quê, como os lucros serão divididos, e o que acontece se alguém quiser pular fora. Se você ignorar isso, prepare-se para muitas dores de cabeça e, quem sabe, até uma briga feia na justiça.
- Escolher a estrutura societária errada: Não dá para escolher a estrutura societária no chute! Se você optar por uma onde todos os sócios têm responsabilidade ilimitada, pode acabar colocando seu patrimônio pessoal em risco desnecessariamente. A escolha certa depende do tipo de negócio, do número de sócios e do quanto cada um está disposto a arriscar. Escolha com sabedoria!.
- Falta de comunicação entre os sócios: Esse é o erro que acaba com qualquer sociedade! Sem uma comunicação aberta e constante, os sócios acabam com visões diferentes sobre os rumos do negócio, sobre como gastar o dinheiro e até sobre quem merece mais lucro. Não subestime a importância de manter todos na mesma página. Falar e ouvir é essencial para evitar desentendimentos.
- Não planejar a saída de um sócio ou o que fazer em caso de falecimento: Sabe aquele ditado “o que é combinado não sai caro”? Pois é, muita gente esquece de planejar o que vai acontecer se um sócio quiser sair ou se ele falecer. Sem um plano claro, a empresa pode enfrentar disputas legais e até dificuldades financeiras. Isso deveria estar no contrato social desde o início, sem desculpas.
- Dispensar a consultoria jurídica e contábil: Aqui está um erro clássico, tentar economizar não contratando advogados e contadores especializados. Isso é o famoso barato que sai caro! Um contrato mal redigido, problemas no registro da empresa, complicações com impostos… Tudo isso pode ser evitado se você tiver profissionais capacitados do seu lado. Não vacile, invista em ajuda profissional para fazer tudo certinho desde o começo.
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