Um planejamento fiscal bem estruturado pode ser o seu melhor aliado para entrar em 2025 com o pé direito. Ao contrário do que muitos pensam, esse planejamento não se trata apenas de “pagar imposto”, mas sim garantir que sua empresa aproveite oportunidades para economizar, fique em dia com as regras e evite surpresas desagradáveis lá na frente.
Quer saber o que precisa ser feito para o seu negócio e se preparar? Vamos nessa!
Qual a importância do planejamento fiscal anual?
A cada ano, o fisco brasileiro muda uma coisa aqui, outra ali, e manter-se atualizado pode ser a diferença entre o sucesso e o estresse desnecessário. Além disso, um bom planejamento ajuda a identificar pontos onde é possível gastar menos, sem cair na irregularidade.
Como fazer um planejamento fiscal anual?
Aqui vai um passo a passo valioso para garantir os benefícios do planejamento fiscal anual e chegar em janeiro com a casa em ordem:
1. Avalie a situação atual da sua empresa
Chame os gestores e dê uma boa olhada nas finanças da empresa como estão hoje. Descubra qual foi o faturamento, quais foram as despesas e, principalmente, quanto foi pago em impostos durante o ano.
Esse levantamento serve como base para entender onde há espaço para melhorar ou economizar.
2. Defina as metas fiscais e financeiras
Agora que você já tem uma ideia clara de como foi o ano, é hora de definir as metas para o próximo. Quer reduzir custos? Melhorar o fluxo de caixa?
É importante estabelecer objetivos para alinhar as finanças com o que a empresa realmente precisa. Por exemplo, se a meta é diminuir o custo com impostos, você já sabe que precisa focar em um regime tributário mais econômico.
3. Escolha o regime tributário com atenção
Até o final de dezembro, você precisa escolher entre os regimes tributários disponíveis: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real. Cada um tem suas vantagens e desvantagens, então vale uma análise cuidadosa. Nos próximos tópicos, vamos explicar cada um para que você avalie qual deles faz mais sentido para a sua empresa em 2025.
4. Mapeie todas as obrigações fiscais
O próximo passo é listar todos os impostos e obrigações acessórias que a empresa vai ter durante o ano. Essa parte pode até parecer chata, mas é essencial para evitar multas e problemas no futuro.
Vale incluir desde os tributos principais até aqueles “de praxe” como o envio de declarações mensais. Organize essas obrigações em um calendário para não esquecer de nada.
5. Analise ativos e passivos tributários
Ativos e passivos tributários são os créditos e débitos que você tem com o fisco. É como um balanço: o que sua empresa tem a receber e o que ainda precisa pagar.
Avaliar isso ajuda a identificar possíveis compensações, como usar créditos para abater impostos, o que pode dar uma folga no caixa. Quanto mais você souber o que está pendente, melhor para ajustar as contas.
6. Estabeleça estratégias para reduzir a carga tributária
Chegou a hora de ser estratégico! Veja onde é possível reduzir a carga tributária de maneira legal. Isso pode incluir desde o uso de incentivos fiscais até ajustes no fluxo de caixa para tirar vantagem de deduções.
Um bom planejamento tributário faz parte do fiscal, então não deixe essa etapa de lado. Quanto menos imposto pago, mais sobra para investir na própria empresa.
7. Monitore e ajuste ao longo do ano
Um bom planejamento não é feito para ficar na gaveta. Defina revisões trimestrais para monitorar se a empresa está no caminho certo. Mudanças no mercado, na legislação ou no desempenho do negócio podem exigir ajustes. Por isso, mantenha o radar ligado e esteja preparado para corrigir a rota quando necessário.
Quais são os principais regimes tributários que um empresário pode optar?
Todos os anos, os empresários têm até o final de dezembro para escolher o regime tributário de 2025. Esta é uma das decisões mais importantes para o planejamento fiscal da empresa, pois impacta diretamente no quanto você vai pagar de impostos.
Quando falamos de regimes tributários, no Brasil, as empresas podem escolher entre três opções principais:
- Simples nacional: esse é voltado para micro e pequenas empresas, simplificando a cobrança de impostos. Nele, você paga tudo em uma única guia, o que facilita bastante o controle. Ótimo para empresas com faturamento anual menor de R$ 4,8 milhões.
- Lucro presumido: aqui, o imposto é calculado com base em uma margem de lucro estipulada pela lei. Por exemplo, o comércio tem uma margem de 8%, e serviços, 32%. É uma opção interessante para empresas com margem de lucro próxima a esses valores.
- Lucro Real: esse regime é para empresas que querem calcular os impostos com base no lucro efetivo, ideal para quem tem uma margem de lucro menor ou trabalha com prejuízos eventuais. Para grandes empresas, ou aquelas obrigadas a operar com o Lucro Real, como instituições financeiras, essa pode ser a melhor escolha.
Mas por que é importante se antecipar? Basicamente, porque cada regime traz regras diferentes para a apuração dos impostos. Esperar demais para decidir pode fazer você perder uma chance de economizar.
Por isso, se você ainda não fez a escolha, comece a pensar nisso agora mesmo. Avalie seu faturamento, a complexidade da sua empresa e, se precisar, converse com um contador para entender o que melhor se encaixa no seu negócio.
A diferença entre planejamento fiscal anual e planejamento tributário
O planejamento fiscal anual é o “guarda-chuva” que cobre toda a organização financeira da empresa para o ano. Ele não envolve só a parte dos impostos, mas também o orçamento completo da empresa, como receitas, despesas e possíveis investimentos.
O foco aqui é garantir que tudo esteja em dia com o fisco e que o custo com impostos não pegue ninguém de surpresa. É aquele plano mais completo que cobre todas as frentes da saúde financeira da sua empresa.
Já o planejamento tributário é uma peça específica dentro desse quebra-cabeça maior. Ele trata exclusivamente de estratégias para pagar menos imposto – mas sempre dentro da lei.
Aqui, a ideia é avaliar qual regime tributário faz mais sentido, identificar créditos ou deduções, e encontrar o melhor caminho para economizar.
Em resumo, os dois andam juntos, mas cada um tem sua função: o fiscal organiza a casa toda; o tributário cuida especificamente dos impostos.
Não faça o seu planejamento fiscal e tributário para 2025 sem saber disso
Aqui estão os principais cuidados para não errar e garantir que o seu planejamento esteja alinhado com as novas regras e mudanças:
1. Esteja atento à Reforma Tributária
Até a data de redação deste artigo, a Reforma está avançando, mas ainda não foi totalmente regulamentada.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, está otimista e espera que a regulamentação saia até dezembro de 2024.
Essa reforma cria um novo IVA (Imposto sobre Valor Agregado) que simplifica o sistema, mas também pode pesar no bolso, dependendo do setor.
Empresas de serviços, comércio e tecnologia, por exemplo, devem ver suas alíquotas sendo revisadas.
Para 2025, inclua no seu planejamento fiscal a possibilidade de ajustes conforme essas alíquotas vão sendo confirmadas.
Leia também: Como a reforma tributária pode afetar as empresas de médio e grande porte?
2. Reveja o regime tributário com as novas regras em mente
As mudanças fiscais deste ano podem fazer com que o regime tributário que você escolheu para 2024 já não seja a melhor opção para 2025. Tudo vai depender do faturamento, da atividade da empresa e das novas exigências.
Empresas que cresceram e mudaram de perfil financeiro precisam dar uma boa olhada e, se for o caso, ajustar a escolha para o ano que vem.
Leia também: Planejamento Tributário 2024: impactos com a nova reforma e importância
3. Atualize-se sobre novas obrigações acessórias
Com as novidades de 2024, empresas que optam pelo Lucro Real e Lucro Presumido terão novas obrigações acessórias em 2025. Isso significa mais rigor no controle de declarações e registros fiscais.
É aquele tipo de exigência que, se passar batido, pode custar caro em penalidades. Ajuste o planejamento da equipe contábil para dar conta dessas novas exigências.
4. Preste atenção nas mudanças nos créditos fiscais
Esse ano, as regras para concessão de créditos fiscais mudaram em alguns setores, afetando diretamente como você pode compensar tributos.
Então, se a sua empresa usa créditos fiscais para aliviar a carga tributária, é hora de revisar as novas regras para garantir que tudo esteja correto. Ficar desatualizado aqui pode resultar em perda de benefícios – e, pior, em penalidades.
5. Considere as novas faixas de tributação do IVA
O novo IVA traz alíquotas variadas para diferentes produtos e serviços. Isso significa que, dependendo do que a sua empresa vende, pode ser necessário ajustar os preços para manter a competitividade e não acabar saindo no prejuízo.
Avalie como essas novas faixas vão impactar a sua área e pense em estratégias de precificação para 2025.
6. Verifique os incentivos fiscais locais
Alguns estados e municípios ainda oferecem incentivos fiscais que ajudam a reduzir a carga tributária, mas com as novas regras de 2024, esses incentivos estão mudando de cara.
Para 2025, verifique o que está disponível e como isso se aplica ao seu negócio para não deixar oportunidades de economia passarem.
7. Planeje revisões periódicas ao longo do ano
As leis fiscais estão em constante mudança, e o cenário pode trazer novas regras a qualquer momento em 2025.
Monte um cronograma para revisitar o planejamento ao longo do ano e fazer ajustes conforme necessário.
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