A Reforma Tributária de 2025 é a grande promessa para acabar com a bagunça fiscal que tanto incomoda empresários brasileiros. Afinal, quem nunca ficou perdido no meio de boletos e siglas que parecem falar outra língua?
Mas será que essa mudança vai facilitar a sua vida ou trazer mais desafios? Como todo grande ajuste, a resposta depende de como sua empresa se organiza e se prepara.
Neste artigo, vamos te antecipar o que já está confirmado e o que você pode esperar desse novo cenário em 2025.
CBS e IBS: o que são e como mudam o jogo?
A primeira grande novidade é a chegada da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
A ideia aqui é substituir cinco impostos complicados – ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins – por dois que prometem ser mais simples de lidar.
Com o CBS, você terá uma “taxa geral” sobre bens e serviços, sem a confusão de regras diferentes para cada etapa da cadeia produtiva.
Já o IBS será recolhido no estado onde o cliente consome o produto ou serviço, e não onde ele foi produzido.
Isso pode ser uma mudança impactante na precificação de empresas que vendem para diferentes regiões. Dependendo das alíquotas locais, a sua carga tributária pode aumentar ou diminuir.
Outra novidade é o imposto seletivo, uma espécie de “punição” para produtos que o governo quer desestimular, como cigarros e bebidas alcoólicas.
Para quem trabalha com itens essenciais, como alimentos da cesta básica, há uma boa notícia: esses produtos terão isenção tributária, o que pode reduzir o impacto no bolso do consumidor final.
Como você pode ver, entender onde estão seus clientes e como essas mudanças afetam seus custos será fundamental para manter a competitividade no mercado.
Leia mais em: Como a Reforma Tributária pode afetar as empresas de médio e grande porte?
Quando essa reforma começa a valer?
O novo sistema começa a ser implementado gradualmente e a transição pode durar até 2033. Sim, você vai precisar lidar com o antigo e o novo ao mesmo tempo, durante um bom período.
A reforma vai aumentar ou diminuir a burocracia?
Imagine que você está aprendendo a dirigir e, ao mesmo tempo, tem que pilotar um avião. É mais ou menos isso que vai acontecer nos próximos anos.
Vai ser necessário lidar com dois tipos de regras, o que significa mais trabalho e possivelmente mais custos, como investir em sistemas e treinamentos.
Agora, a boa notícia: uma vez que a transição termine, a promessa é que a gestão tributária ficará mais simples.
Como isso impacta quem faz negócios fora do Brasil?
Se sua empresa faz negócios fora do Brasil, a boa notícia é que as exportações continuarão isentas de CBS e IBS, o que preserva a competitividade no mercado internacional. Além disso, a isenção será automática, simplificando o processo.
Porém, é fundamental manter toda a documentação em ordem para garantir que o benefício seja aplicado corretamente.
Leia mais em: Como o setor de exportação de serviços vai ser impactado pela Reforma Tributária
Continuar no mesmo regime tributário ainda é vantajoso?
Uma das decisões mais importantes para qualquer empresário no Brasil é escolher o regime tributário.
Isso porque ele define diretamente quanto você vai pagar de impostos no ano seguinte. Atualmente, existem três principais opções: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.
Todo empresário tem até o final de dezembro para decidir qual regime tributário será adotado no ano seguinte. Parece simples, mas escolher errado pode fazer você pagar mais impostos do que precisa.
Com a Reforma Tributária trazendo novas regras, a importância de revisar essa escolha se tornou ainda maior. O que funcionava bem no passado pode já não ser a melhor opção para 2025.
Por exemplo, empresas no Simples podem sentir o peso das novas alíquotas, enquanto aquelas no Lucro Presumido podem se beneficiar ao migrar para o Lucro Real, dependendo dos custos e créditos tributários envolvidos.
Por isso, dedique um tempo agora para avaliar sua situação. Reúna os números de faturamento, despesas e margens de lucro. Não deixe essa decisão para a última hora. E se parecer complicado, converse com seu contador ou especialista.
Ah, e se quiser ajuda para organizar tudo isso, em outro artigo mostramos em 7 passos como fazer um planejamento fiscal anual. É uma leitura que pode salvar o caixa da sua empresa no próximo ano!
Leia também: Planejamento fiscal anual: como preparar sua empresa para 2025?
E a distribuição de lucros, vai mudar?
Sim, está em discussão a tributação de 15% para distribuição de lucros.
Se aprovada, essa medida poderá gerar uma dupla tributação, pois os lucros das empresas já são tributados pelo IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e pela CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
Para equilibrar essa nova cobrança, está sendo discutida uma possível redução da alíquota do IRPJ de 15% para 8%, o que poderia aliviar parte do impacto sobre as empresas.
Dá para começar a pagar menos imposto agora?
Sim, mas isso não acontece sozinho. Agora é a hora de revisar o planejamento fiscal.
- Está no regime tributário certo?
- Ainda faz sentido continuar onde está ou mudar pode ser mais vantajoso?
Por exemplo, com a reforma, os créditos tributários (descontos no imposto a pagar) se tornam uma peça importante para reduzir o impacto dos impostos.
Se sua empresa gasta muito com insumos tributáveis, pode acumular créditos e usá-los para abater tributos futuros.
Converse com seu contador, revise as alíquotas e avalie incentivos fiscais locais. Quem estiver bem-informado vai conseguir reduzir custos sem colocar a legalidade em risco.
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