Gestão de estoque no fim do ano: guia para empreendedores

Gestão de estoque no fim do ano guia para empreendedores

O final do ano chegou e, com ele, a correria para fechar as contas e aproveitar o melhor período de vendas do mercado. 

Mas aí surge a pergunta: como está a gestão de estoque do seu negócio? Você sabe se tem os produtos certos, na quantidade certa, e no momento certo para atender seus clientes?

Se a resposta foi um “não sei” ou “pode melhorar”, este guia é para você. 

Vamos falar de estratégias práticas e diretas para evitar estoques parados, produtos em falta e compras mal planejadas. Chega de perder vendas ou deixar dinheiro parado no depósito.

Neste artigo, você encontrará soluções claras para organizar seu estoque, planejar melhor suas compras e até escolher ferramentas que vão facilitar sua vida. 

Como evitar que produtos fiquem encalhados no estoque?

Quem nunca abriu a porta do estoque e deu de cara com aquela pilha de produtos que ninguém quer? Parece que estão lá há séculos, não é?

Para evitar esse cenário, existem duas estratégias fundamentais na gestão de estoque que você pode adotar:

  1. Método FIFO:

Em inglês significa “first in, first out”. Isso significa vender primeiro os itens mais antigos para que eles não fiquem obsoletos ou estraguem.

  1. Categorização ABC:

Nesse modelo, você classifica seus produtos em três categorias:

A.     Produtos mais valiosos que impactam diretamente no faturamento.

B.     Produtos intermediários em valor e importância.

C.    Produtos baratos e de alta rotatividade.

Com a gestão de estoque focada nesses dois pilares, você consegue priorizar os itens da categoria A e combinar isso com promoções estratégicas para movimentar os estoques. 

Ah, e organização é tudo. Um estoque bagunçado só atrapalha! Tenha um sistema claro para localizar e movimentar produtos sem dor de cabeça.

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O que fazer com itens que estão parados há muito tempo?

Achou um lote esquecido no estoque? Não entre em pânico. A primeira coisa é entender por que ele não saiu. Foi falta de divulgação? Preço fora da realidade? Produto fora de moda? Descubra o motivo e ajuste a estratégia.

Com os itens em mãos, é hora de agir rápido: promoções relâmpago e queimas de estoque são ótimas saídas.

Por que não criar campanhas do tipo “Desconto só hoje!” ou “Aproveite antes que acabe!”? Essas abordagens despertam o senso de urgência nos clientes e ajudam a liberar espaço.

Por fim, analise o que deu errado. Se esses produtos ficaram encalhados, é hora de rever seu planejamento de compras e a categorização ABC. Assim, você evita repetir o problema e mantém sua gestão de estoque mais eficiente.

Qual é a frequência ideal para fazer inventários no meu negócio?

“Quando foi a última vez que você contou tudo o que tem no estoque?” Se a resposta for “nem lembro”, temos um problema. Fazer inventários regulares é como revisar o planejamento da sua empresa: essencial para evitar surpresas.

A frequência ideal vai depender do tamanho do seu negócio. Para empresas menores, um inventário trimestral pode ser suficiente.

Já negócios maiores, com alto volume de vendas, podem precisar de inventários mensais ou até semanais. O importante é criar uma rotina e segui-la à risca.

Lembre-se: o inventário deve ser bem feito. Ferramentas modernas de gestão de estoque, como softwares que registram tudo em tempo real, tornam a contagem mais fácil e confiável. Nada de confiar no “achômetro”!

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Como definir a quantidade mínima de um produto no estoque?

Na gestão de estoque, a quantidade mínima é o seu “ponto de segurança”. É aquele número que garante que você não ficará na mão quando as vendas subirem ou o fornecedor atrasar a entrega.

Para calcular isso, considere dois fatores principais: a velocidade de venda e o prazo de reposição.

Por exemplo, se um produto vende 100 unidades por semana e o fornecedor leva 15 dias para entregar, o mínimo deve ser 150 unidades para cobrir esse período.

Mas lembre-se: isso não é estático. Avalie regularmente seus níveis de estoque, especialmente em datas sazonais.

Use também a categorização ABC para dar mais atenção aos produtos da categoria A, que têm maior impacto no faturamento.

Quais ferramentas de gestão de estoque são mais confiáveis?

Se você ainda usa papel e caneta para organizar seu estoque, está na hora de modernizar sua gestão de estoque. Ferramentas digitais trazem mais precisão e praticidade. Aqui estão algumas opções:

  • Sistemas WMS (Warehouse Management System): o WMS é ideal para quem busca um controle profissional e detalhado. Ele organiza o estoque, rastreia produtos em tempo real e reduz erros operacionais. É perfeito para empresas com grande volume de mercadorias ou complexidade no armazenamento. Exemplos incluem o TOTVS WMS e o SAP EWM.
  • Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning): um ERP é uma solução integrada que conecta estoque, vendas, compras e finanças em uma única plataforma. Ele é indicado para empresas que querem simplicidade e eficiência sem investir em múltiplas ferramentas. Entre os mais conhecidos estão o Bling, o TOTVS ERP, e o Microsoft Dynamics.
  • Ferramentas de contagem e etiquetagem: complementares aos sistemas principais, essas ferramentas facilitam a identificação e movimentação de produtos. O uso de leitores de código de barras e etiquetas RFID, integrados a softwares como GS1 Brasil, garante precisão nas operações.
  • Aplicativos de controle para pequenas empresas: se o seu negócio é menor, não precisa de algo tão robusto. Apps como Controle de Estoque Fácil e Tiny ERP são soluções práticas e acessíveis que ajudam a manter o básico sob controle sem complicações.

Para escolher a ferramenta certa, considere o tamanho do seu negócio. Afinal, uma loja pequena pode começar com um app simples, enquanto uma operação maior precisará de algo mais robusto, como um WMS.

Além disso, avalie a facilidade de uso e integração. Lembre-se de que a melhor ferramenta não é a mais cara ou complexa, mas aquela que resolve os problemas do seu negócio com eficiência. Invista com sabedoria e veja a diferença no controle do seu estoque.

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Como planejar compras para evitar excessos no estoque?

Planejar compras é um dos pilares da gestão de estoque. Aqui está um passo a passo para acertar na medida:

1. Analise o histórico de vendas: revise as vendas dos últimos meses para identificar padrões e sazonalidades. Descubra quais produtos vendem mais e quando.

2. Preveja a demanda com base em dados: considere fatores como sazonalidades (ex.: Natal, Black Friday), tendências do mercado e promoções planejadas. Faça uma estimativa realista de quantidades necessárias.

3. Defina um ponto de reposição: calcule quando é hora de comprar novamente. Use a fórmula:  Ponto de reposição = consumo médio diário × tempo de reposição do fornecedor.

4. Classifique os produtos pela Categorização ABC: dê mais atenção aos itens da categoria A (maior valor e menor volume) e estoque os da categoria C (menor valor e maior rotatividade) em quantidades menores, mas com reposições frequentes.

5. Faça compras fracionadas e monitore: prefira comprar em lotes menores e reavalie a necessidade periodicamente. Use ferramentas de gestão para acompanhar estoque e vendas em tempo real.

Já conhece o planejamento estratégico de estoque?

Se você chegou até aqui e ainda sente que está perdido, talvez já tenha passado por isso: perdeu vendas porque um produto estava em falta ou, pior, tem um estoque cheio de mercadorias que não saem de jeito nenhum. 

É frustrante, certo? Mas calma, tenho uma boa notícia: o planejamento estratégico de estoque pode resolver todos esses problemas para você.

Esse planejamento é como colocar ordem na casa. Ele organiza tudo para que sua empresa tenha os produtos certos, no momento certo, sem excessos ou prejuízos. 

Com ele, você não só evita desperdícios, mas também transforma o estoque em uma máquina eficiente que trabalha a seu favor.Quer saber mais? Fale agora com a equipe de especialistas da ROI Contabilidade.

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