Planejamento financeiro: o que está acontecendo com o dólar e como isso impacta a minha empresa?

Planejamento financeiro: o que está acontecendo com o dólar e como isso impacta a minha empresa?

Se você tem uma empresa, já sentiu o impacto do dólar nas alturas. Matéria-prima mais cara, fornecedores reajustando preços e sua margem de lucro encolhendo. O câmbio atingiu um nível histórico e pode subir ainda mais. Se isso acontecer, sua empresa está pronta para lidar com os novos custos ou vai ser pega de surpresa?

Neste artigo, você vai entender como o dólar afeta diretamente o seu negócio e, mais importante, como um planejamento financeiro bem feito pode proteger sua empresa antes que os custos subam ainda mais. 

O comportamento do dólar no último ano

Ah, o dólar… Se fosse uma pessoa, seria aquele amigo que nunca para quieto. Um dia está tranquilo, no outro tá correndo feito louco e, de repente, decide despencar do nada. 

2024 foi um show de altos e baixos para a moeda, e quem depende dela – seja para importar, exportar ou simplesmente planejar o caixa da empresa – sentiu essa montanha-russa na pele.

No começo do ano de 2014, ele disparou. E por quê? O mercado estava nervoso, desconfiado do que ia acontecer com as contas do Brasil. 

O governo falava em controle fiscal, mas o investidor queria ver isso acontecendo de verdade. 

Enquanto isso, os Estados Unidos estavam com juros lá no alto, e o dinheiro correu para lá. Quando menos dólar circula por aqui, o preço sobe. Simples, né?

Mas aí veio um certo alívio. Algumas medidas econômicas começaram a surtir efeito, o real ganhou força, e o dólar deu uma desacelerada. Só que esse descanso foi curto! 

Lá nos EUA, começaram a falar que os juros iam continuar altos por mais tempo e… pronto, dólar subindo de novo. Cada notícia, uma oscilação diferente. Quem trabalha com câmbio ficou sem saber se ria ou chorava.

Agora, vamos encarar a realidade: essa história não vai acabar tão cedo. Para 2025, as previsões não são das mais animadoras – tem analistas falando em dólar a R$ 6,20 ou mais. 

Mas, se o governo brasileiro conseguir segurar as contas, mostrar que tem controle sobre a economia e o cenário externo der uma ajudinha, o dólar pode dar uma estabilizada.

A questão é: você está preparado para essa dança? Porque o dólar não vai ficar parado esperando ninguém. 

Então, se sua empresa tem qualquer relação com a moeda, o jogo agora é se planejar. Não dá para contar com sorte – tem que ter estratégia.

Posso criar uma reserva financeira em dólar para a minha empresa?

Sim, pode! E dependendo do seu tipo de negócio, não só pode, como deveria. Guardar dinheiro em dólar não é ilegal e, na verdade, pode ser uma estratégia muito esperta para quem tem custos ou receitas atreladas à moeda. 

Mas antes de sair comprando dólar, é bom entender se isso faz sentido para o seu caso.

Se sua empresa lida com importação, exportação ou qualquer tipo de despesa que varia com o câmbio – como matéria-prima, insumos ou até serviços contratados do exterior –, faz todo o sentido ter uma reserva dolarizada. 

Assim, quando o dólar sobe, você já tem um colchão financeiro e não precisa pagar mais caro de última hora. 

Imagine um restaurante que compra ingredientes importados. Se o dólar disparar e ele não tiver um estoque financeiro em moeda estrangeira, vai ter que repassar esse custo no preço do cardápio. 

Agora, se ele já tem uma reserva, consegue segurar a onda sem precisar aumentar os preços de uma vez.

Outras empresas fazem isso para se proteger da desvalorização do real, mas é importante lembrar que o câmbio oscila – o que significa que guardar em dólar pode ser uma vantagem em alguns momentos e, em outros, não. 

Se a sua empresa não lida diretamente com transações internacionais, talvez seja mais seguro investir em uma reserva em reais mesmo, focando em liquidez e fácil acesso ao dinheiro.

E como fazer isso sem complicar sua vida? A melhor forma de manter uma reserva em dólar é abrir uma conta internacional ou aplicar em fundos cambiais, que já fazem essa conversão para você. 

Guardar dinheiro vivo em dólar no cofre do escritório definitivamente não é uma boa ideia – além de pouco seguro, pode gerar problemas contábeis

Um contador pode ajudar a estruturar essa reserva do jeito certo, garantindo que ela fique dentro das regras fiscais e seja usada da maneira mais estratégica possível.

Leia também: Terceirização da contabilidade: quando eu sei que a minha empresa está pronta?

Como a variação do dólar pode impactar os custos da minha empresa?

Se o dólar sobe, muita gente pensa logo em passagens aéreas mais caras ou no preço do iPhone aumentando. 

Mas, para as empresas, o buraco é mais embaixo. A moeda americana afeta desde o custo das matérias-primas até o comportamento do consumidor – e ignorar isso pode ser um baita erro.

Vamos começar pelo mais óbvio: se a sua empresa importa produtos ou insumos do exterior, qualquer alta no dólar faz seu custo subir imediatamente. 

Se você comprar equipamentos, matéria-prima, peças ou até serviços de fora, vai precisar desembolsar mais reais para pagar a mesma coisa. 

Por exemplo, uma indústria que compra aço importado vê o custo disparar quando o dólar sobe. Resultado? Ou repassa esse aumento para o cliente ou reduz sua margem de lucro.

Agora, e quem não importa nada? Será que pode relaxar? Nada disso! O dólar também impacta os preços do Brasil.

Primeiro, porque muitas matérias-primas que usamos aqui têm preços atrelados ao câmbio. Petróleo, fertilizantes, trigo e vários outros produtos seguem essa lógica. 

Se o trigo encarece, o pãozinho da padaria também sobe, mesmo que tenha sido feito aqui no Brasil. E o mesmo acontece em vários setores, da construção civil à indústria alimentícia.

Outro ponto que pesa: o impacto no consumidor. Quando o dólar sobe, a inflação pode aumentar, e isso significa que o dinheiro das pessoas perde valor. Se tudo fica mais caro – desde o supermercado até os combustíveis –, sobra menos dinheiro para gastar com outros produtos e serviços. 

Ou seja, mesmo que sua empresa não compre nada do exterior, pode acabar vendendo menos porque o cliente está apertando os cintos.

Assim, a alta do dólar pode atingir sua empresa de vários jeitos, seja aumentando os custos diretos, seja afetando o poder de compra do consumidor. 

Então, a melhor saída é se planejar e ter um bom controle do caixa, porque ninguém quer ser pego de surpresa quando a moeda dispara.

Como diminuir o impacto do dólar no seu negócio?

Como você pode ver, a alta ou queda do dólar impacta TODOS os negócios, principalmente para empresas que importam matéria-prima. 

Agora, imagine do dia para a noite descobrir que o seu fornecedor aumentou os preços, os custos fixos sobem, e os clientes começam a sumir. Sem dinheiro guardado, sem previsibilidade, sem estratégia, o que sobra? Desespero. 

Muitas empresas, nessa situação, acabam subindo preços de forma abrupta (e afastando ainda mais os clientes), cortando custos no susto (prejudicando a qualidade do serviço) ou se endividando com juros altos só para manter as portas abertas.

O que poucas empresas sabem é que é possível evitar esse caos e se proteger contra oscilações do dólar por meio do planejamento financeiro

O que é planejamento financeiro?

O planejamento financeiro nada mais é do que organizar o dinheiro da empresa de forma estratégica para garantir que sempre haja recursos suficientes para pagar contas, investir no crescimento do negócio e enfrentar imprevistos. 

Isso envolve entender quanto entra, quanto sai e quando sai, prever despesas futuras e criar um caixa de segurança para tempos difíceis.

Pensa nele como um mapa para a saúde financeira da empresa. Sem ele, você anda no escuro, tomando decisões na base da intuição e torcendo para dar certo. 

Com ele, você consegue antecipar problemas e agir antes que eles causem um estrago. O Planejamento financeiro:

  • Vale para qualquer empresa.
  • Independentemente do porte ou do setor.
  • Independentemente da quantidade de funcionários.

Se o seu negócio tem custos que podem ser impactados pelo câmbio, um planejamento financeiro bem feito pode ser a diferença entre continuar lucrando ou entrar no vermelho.

Leia também: Planejamento fiscal anual: como preparar sua empresa para 2025?

Como fazer o planejamento financeiro da sua empresa?

Agora que você já entendeu a importância do planejamento financeiro e derrubou alguns mitos, chegou a hora da parte prática: como colocar tudo isso em ação e garantir que sua empresa esteja sempre preparada para qualquer oscilação do mercado?

1. Organize o fluxo de caixa

O primeiro passo para um bom planejamento financeiro é entender exatamente quanto dinheiro entra e sai da sua empresa. Parece óbvio, mas muitos empresários não têm essa clareza. 

Registre todas as receitas e despesas, categorizando cada uma. Isso vai permitir que você visualize padrões, identifique onde pode economizar e tome decisões mais seguras.

2. Tenha uma reserva financeira

Se a pandemia ensinou algo para o mundo dos negócios, foi a importância de ter uma reserva de emergência. O inesperado sempre acontece, e quem está preparado sobrevive melhor. 

O ideal é separar um percentual fixo do faturamento mensal e manter esse valor aplicado de forma acessível, para que ele possa ser usado em momentos de crise.

3. Planeje os custos a médio e longo prazo

Se sua empresa trabalha com matéria-prima importada, serviços dolarizados ou produtos que variam de preço conforme o mercado, você precisa prever esses aumentos e se preparar com antecedência

Um bom planejamento financeiro envolve criar projeções e se antecipar a possíveis desafios.

4. Precifique corretamente seus produtos e serviços

Muitos empresários definem preços apenas com base na concorrência, sem considerar custos variáveis, impostos e a margem de lucro necessária para manter o negócio saudável

Esse erro pode fazer sua empresa faturar alto, mas sem lucrar de verdade. Uma boa análise de custos pode revelar se você está cobrando o suficiente para manter sua operação viável no longo prazo.

5. Monitore os indicadores financeiros

Você já ouviu falar que “quem não mede, não gerencia”? É a mais pura verdade. Alguns números que você precisa acompanhar constantemente são:

  • Faturamento mensal e anual
  • Lucro líquido e bruto
  • Custos fixos e variáveis
  • Ticket médio dos clientes
  • Ponto de equilíbrio (quanto precisa vender para cobrir custos)

Esses dados ajudam a tomar decisões baseadas em fatos, não em achismos.

6. Conte com um escritório de contabilidade parceiro

Ter um contador não é um custo, é um investimento. Um bom escritório de contabilidade vai te ajudar a manter o planejamento financeiro da sua empresa em dia, evitando surpresas com impostos, ajudando na gestão do caixa e garantindo que você tome decisões financeiras mais inteligentes.

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Somos uma empresa com mais de 30 anos de experiência e estamos à disposição para te ajudar com o planejamento financeiro da sua empresa. 

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