A Emenda Constitucional 132/23, que traz o texto da reforma tributária, entrará em vigor de maneira gradativa até 2032, já com a certeza de que trará transformações profundas para o mercado. E boa parte das empresas brasileiras que decidiram se antecipar às mudanças vêm descobrindo que arcam com uma despesa fiscal bem maior do que deveriam.
Essa constatação é confirmada por um levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), que mostra que nada menos que 95% das empresas brasileiras pagam impostos extras sem ter ideia do rombo. “Isso é resultado de uma cadeia nociva criada pelo emaranhado de regras tributárias criado ao longo das décadas”, diagnostica Diogo Montalvão, advogado, sócio e administrador do escritório Montalvão & Souza Lima Advocacia de Negócios, especializado em direito tributário.
“As empresas pagam valores que vão além de suas responsabilidades por desconhecimento de estratégias para usufruir de leis que lhes são favoráveis. As receitas Federal e Estadual dão de ombros ou também, elas próprias, desconhecem as atualizações fiscais, e seguem cobrando os mesmos valores de antes. No fim das contas, parece ocorrer é uma falta de comunicação que só se restabelece a partir de quem se dispõe a contratar um escritório especializado para defender seus interesses”, analisa o jurista.