No ano passado, foi constatado um prejuízo médio de R$ 8,5 milhões por empresa aos varejistas brasileiros. Esse dado alarmante destaca a urgência de abordar a prevenção de fraudes financeiras nas empresas.
Por isso, este artigo é direcionado especialmente a empreendedores que:
- Têm medo de que suas empresas sejam vítimas de fraudes;
- Receio das possíveis consequências legais…
- Mas se sentem perdidos e não sabem o que fazer para identificar e prevenir fraudes.
Nos próximos tópicos, de forma simples, explicaremos o que é considerado fraude financeira para você ficar atento, quais são as consequências para a sua empresa e como um escritório de contabilidade pode te ajudar a se prevenir.
O que é considerado fraude financeira?
Todo mundo ficou sabendo do maior caso de fraude financeira do ano passado, as Lojas Americanas. Em janeiro de 2023, a empresa revelou inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões- quase todo o PIB do Amapá!
A descoberta dessa fraude abalou a confiança do mercado e levou à grande desvalorização das ações da empresa.
Porém, o que efetivamente aconteceu para que fosse considerado fraude financeira? E como você pode evitar que algo similar possa acontecer na sua empresa?
No caso das Lojas Americanas, a empresa maquiou resultados, antecipou receitas e omitiu despesas, o que é considerado fraude financeira.
Mais precisamente, fraude financeira é qualquer ato ilícito realizado para obter vantagem financeira de maneira desonesta.
Um exemplo clássico de fraude financeira é a criação de fornecedores fantasmas, onde um funcionário desonesto inventa fornecedores inexistentes e direciona pagamentos a contas pessoais.
Outro exemplo, é a manipulação de balancetes para ocultar perdas e inflar lucros, enganando investidores e autoridades fiscais.
Fraudes financeiras podem variar em complexidade e impacto, desde pequenos desvios de caixa até esquemas elaborados envolvendo várias partes.
Independentemente do tamanho, todas as fraudes têm um efeito devastador sobre a confiança e a estabilidade financeira da empresa.
Se você quer proteger sua empresa de fraudes financeiras, continue lendo para entender as mentiras e verdades sobre o assunto no próximo tópico.
Mentiras e verdades sobre fraudes financeiras
Muitos empresários possuem crenças errôneas a respeito de fraudes financeiras que podem levar a prejuízos significativos. Vamos desmistificar algumas dessas crenças comuns:
1. “Acho que minha empresa é muito pequena para ser alvo de fraudes.”
Na realidade, fraudes financeiras podem ocorrer em empresas de qualquer tamanho. Pequenas empresas podem até ser mais vulneráveis devido à falta de recursos dedicados à segurança e controle.
2. “Acredito que meus funcionários são confiáveis e nunca cometeriam fraudes.”
Embora confiar nos funcionários seja importante, a realidade é que fraudes internas são bastante comuns. Muitas vezes, as fraudes são cometidas por pessoas de dentro da organização que têm acesso privilegiado a informações e sistemas.
3. “Sou honesto e faço tudo certinho, impossível que aconteça uma fraude financeira na minha empresa.”
Fraudes financeiras podem acontecer sem que o dono do negócio seja desonesto. Muitas vezes, fraudes são perpetradas por funcionários ou terceiros que exploram vulnerabilidades nos sistemas e processos da empresa. Mesmo que você gerencie sua empresa com integridade, é crucial implementar medidas de controle e monitoramento para proteger o negócio contra ações desonestas de outras partes.
4. “Acho que investir em tecnologia é o suficiente para prevenir qualquer tipo de fraude.”
Embora a tecnologia possa ajudar a detectar fraudes, ela não é uma solução completa. A prevenção de fraudes requer uma combinação de tecnologia, processos de controle interno e uma cultura organizacional ética.
5. “O setor em que minha empresa opera não é suscetível a fraudes.”
Fraudes financeiras podem ocorrer em qualquer setor. Não existe um setor imune a fraudes, pois onde há dinheiro, há risco de fraude.
6. “Todas as fraudes vêm de fontes externas e ataques internos são raros.”
Na verdade, muitos casos de fraudes financeiras são internos. Funcionários com acesso a informações sensíveis e sistemas financeiros podem cometer fraudes sem serem detectados por longos períodos.
Agora que você conhece algumas das crenças equivocadas sobre fraudes financeiras, é essencial entender os tipos mais comuns de fraudes que podem afetar sua empresa. Continue lendo para descobrir mais.
Quais são os tipos mais comuns de fraude que podem afetar minha empresa?
Existem diversos tipos de fraudes financeiras que podem impactar negativamente uma empresa. Vamos explorar os cinco tipos mais comuns:
- Desvio de fundos: funcionários desviam dinheiro da empresa para contas pessoais, ocultando frequentemente as transações em registros financeiros.
- Falsificação de documentos: alteração de faturas, notas fiscais e outros documentos financeiros para inflar despesas ou reduzir receitas declaradas.
- Roubo de identidade: uso de informações pessoais de clientes ou funcionários para realizar transações fraudulentas em nome da empresa.
- Manipulação contábil: alteração de registros contábeis para ocultar perdas, inflar lucros ou enganar investidores e auditores.
- Fraude em compras: criação de fornecedores falsos ou superfaturamento de compras para desviar dinheiro da empresa.
Cada um desses tipos de fraudes pode ter um impacto devastador na saúde financeira da empresa, desde perdas financeiras diretas até danos à reputação e complicações legais. Implementar controles internos rigorosos, realizar auditorias regulares e educar os funcionários sobre os riscos e sinais de fraudes são passos essenciais para mitigar esses riscos.
Para entender como um escritório de contabilidade pode ajudar na prevenção de fraudes financeiras, continue lendo o próximo tópico.
Como a ROI Contabilidade atua na prevenção de fraudes financeiras?
É normal sentir-se perdido quando se trata de fraudes, especialmente se você não tem conhecimento técnico na área. Então aqui vai um pequeno guia com algumas estratégias que implementamos nos nossos clientes.
1º PASSO: Implementar controles internos rigorosos.
O primeiro passo é estabelecer controles internos rigorosos que ajudarão a proteger sua empresa. Esses controles incluem políticas e procedimentos detalhados que definem como as transações financeiras devem ser realizadas e monitoradas. Isso cria uma base sólida para detectar e prevenir fraudes.
2º PASSO: Segregar funções.
O objetivo é garantir que as responsabilidades sejam distribuídas entre diferentes funcionários, para que nenhuma pessoa tenha controle total sobre todas as fases de uma transação financeira.
Isso reduz significativamente o risco de fraudes internas, pois cria um sistema de verificação e balanceamento.
3º PASSO: Implementação de uma auditoria independente e especializada.
A auditoria é um exame minucioso das demonstrações financeiras de uma empresa e deve ser feito de forma interna e externa.
Porém, a auditoria externa e independente traz uma perspectiva imparcial e objetiva, que pode identificar problemas que uma equipe interna pode não perceber.
Além disso, auditores externos têm experiência e expertise em detectar fraudes sofisticadas e complexas. Eles podem fornecer recomendações valiosas para fortalecer os controles internos e melhorar a governança corporativa.
Essas são apenas algumas das estratégias que a ROI Contabilidade utiliza para proteger sua empresa contra fraudes financeiras.